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2012 - Livro Vermelho 2013

Poikilacanthus bahiensis (Nees) Wassh. NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 02-12-2013

Criterio: N/A

Avaliador: Laila Araujo

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: Laila Araujo

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s): Sheila Profice


Justificativa

Espécie endêmica do estado da Bahia (Profice et al., 2013). Apresenta EOO superior a 20.000 km² e AOO inferior a 500 km². Está sujeita a mais de 10 situações de ameaça considerando suas localidades de ocorrência. A área de distribuição da espécie está sujeita ao processo de desertificação (Brito et al., 2002), as constantes queimadas (Conceição & Neves, 2010), atividades mineradoras (Spinola, 2005) e ao turismo desordenado estabelecido particularmente na região da Chapada Diamantina (Spinola, 2005; Juncá et al., 2005). A espécie apresenta subpopulações em duas Unidades de Conservação, Parque Nacional da Chapada Diamantina e Parque Estadual do Morro do Chapéu, sendo também coletada em áreas alteradas e em beira de estrada (CNCFlora, 2013). Caso as ameaças incidentes à área de ocorrência da espécie não sejam cessadas ou controladas, poderá em um futuro próximo configurar em alguma categoria de ameaça.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Poikilacanthus bahiensis (Nees) Wassh.;

Família: Acanthaceae

Sinônimos:

  • > Poikilacanthus harleyi ;
  • > Adhatoda bahiensis ;
  • > Ecbolium bahiense ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie foi descrita pela primeira vez em Kew Bull. 48(1): 17 (1993):. [1 Apr 1993]. Conhecida popularmente como "canela de urubu" segundo dados de coleta (L.M. Matos Silva 2329).

Potêncial valor econômico

Não se conhece informações sobre valor econômico para a espécie.

Distribuição

Ocorre no estado da Bahia (Profice et al., 2013); coletada nos município de Rio das Contas, no Pico das Almas (Kameyama et al., 2009), Porções (G. Hatschbach 75861), Mucugê (L. Passos 5721), Piatã, na Chapada Diamantina (M.L. Guedes 11497), Morro do Chapéu (G. Hatschbach 39676), Boquira (H.P. Bautista 934), Barra da Estiva (R.M. Harley 20709), Santo Estevão (V.C. Souza 26696), Catolés (M.L. Guedes 11511), Ituaçu (J.R. Pirani 5449), Seabra (J.R. Pirani 1991), Cafarnaum (A.P.P. de Araújo 396), Cândido Sales (G. Hatschbach 42468), Mirangaba (R.P. Orlandi 356), Palmeiras (A.A. Conceição 3189), Santo Estevão (V.C. Souza et al. 26696), Jussari (W.W. Thomas 10242), Abairá, Delfino, na Serra do Curral Feio, Ibicoara, Cascavel, Lafaiete Coutinho, Sento Sé e Umburanas; ocorre entre 800 e 1.900 m de altitude (Côrtes & Rapini, 2013).

Ecologia

Caracteriza-se por ervas (J.R. Pirani s.n., CEPEC 95937), subarbustos (Kameyama et al., 2009) ou arbustos; perenes (Côrtes & Rapini, 2013); terrícola; floresta estacional decidual (Profice et al., 2013), áreas alteradas e beira de estradas (Kameyama et al., 2009), bordas de mata e Campos Rupestres (Côrtes & Rapini, 2013) e beira de rios (A.M. Carvalho 6418), e Savana Estépica; solo litólico (D.S.D. Araújo 1239) e em solo pedregoso-arenoso (J.R. Pirani s.n., CEPEC 95937).

Reprodução

Floração e frutificação durante todo o ano (Côrtes & Rapini, 2013).

Ameaças

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência local
Severidade high
Detalhes A Chapada Diamantina é uma das regiões da Bahia mais afetadas pelas constantes queimadas, demandando grande aporte de recursos financeiros e humanos para os combates aos incêndios. A elevada frequência do fogo na Chapada Diamantina é preocupante, pois é uma região que inclui diversos tipos de florestas, Caatingas, Cerrados e Campos Rupestres, cada qual com suas fisionomias peculiares (Conceição & Neves, 2010).

11.3 Temperature extremes
Incidência local
Severidade high
Detalhes Os impactos da variabilidade climática são mais sensíveis nas regiões semi-áridas, devido à vulnerabilidade de seus ecossistemas, podendo levá-las a um estágio de desertificação ou até mesmo à condição de deserto, quando os seus recursos naturais não são utilizados de forma apropriada, sendo a região de Rio das Contas no estado da Bahia, uma das mais atingidas pelo processo (Brito & Braga, 2002).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência local
Severidade medium
Detalhes No Parque Estadual de Morro do Chapeu, talvez pela facilidade de acesso a essa área, há turismo sem um acompanhamento apropriado (Juncá et al., 2005). E no Parque Nacional da Chapada Diamantina há também ameaça constantes da ação predatória dos turistas, sendo o principal destino ecoturístico da Bahia e um dos mais visitados do Brasil (Spinola, 2005).

3.2 Mining & quarrying
Incidência local
Severidade medium
Detalhes A região da Chapada Diamantina sofre com a ameaças constantes dos garimpeiros (Spinola, 2005).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: Coletada no Parque Estadual do Morro do Chapéu, Bahia (J.M. Gonçalves 10).

Referências

Como citar

CNCFlora. Poikilacanthus bahiensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Poikilacanthus bahiensis>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 13/11/2014 - 16:14:05